Atacante afirma que jogadores "foram tratados como animais" durante ataque em Angola. O atacante Emmanuel Adebayor mostrou sua revolta com atentado contra a seleção de Togo, sofrido na última sexta-feira (8), em Angola, antes do início da Copa Africana de Nações.
- A vida de um homem na África não vale nada. É uma vergonha dizer isso, mas é a verdade. Nos trataram como animais. Fomos jogar uma grande competição e tentaram nos assassinar. O que mais posso dizer?
Adebayor, jogador do Manchester City, mesmo time do brasileiro Robinho, contou como foi o ataque em entrevista ao tabloide inglês The Sun.
- Quando chegamos à fronteira com Cabinda, vimos militares armados até os dentes e nos perguntamos o que estava acontecendo. Uns cinco quilômetros depois ouvimos disparos e pensamos que eram crianças brincando... mas logo nos demos conta: os terroristas tinham pistolas, mísseis, metralhadoras, fuzis... eu pensei "chegou meu fim". Passamos a mandar mensagens de despedida para nossos familiares. Um companheiro estava com uma ferida de bala e sangrava muito. Ele não parava de chorar e dizer que queria ver seus filhos.
O capitão de Togo disse que o ataque durou pouco mais de meia hora.
- Vimos que o ônibus não andava porque o motorista estava morto. Então entrou um militar. Achei que era um rebelde e que iria fuzilar todo mundo, mas era um segurança. Ele nos fez sair do veículo de três em três. Ele me deixou para o fim e me disse para colocar três camisas na cabeça. Eu era um dos objetivos? Não sei.
Após o atentado, Adebayor disse que os jogadores concordaram em jogar a Copa Africana para "honrar" os mortos. Porém, foram impedidos pelo governo de Togo.
- No sábado [9], nos reunimos e dissemos que queríamos jogar para honrar a memória dos companheiros mortos. Mas o presidente [de Togo] disse que não era seguro jogar.
(www.r7.com.br)
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